RISCO E RABISCO:
AS ARANHAS ESUAS...: AS ARANHAS E SUAS TEIAS MAGALY ANDRIOTTI FERNANDES Você já parou para apreciar a teia de ara...
Escrever é uma paixao, agora colocando em pratica, ou melhor agora tornando publica. Venho escrevendo e guardando para mim mesma. E dada hora de compartilhar e trocar.
terça-feira, 29 de maio de 2018
AS ARANHAS E
SUAS TEIAS
MAGALY ANDRIOTTI FERNANDES
Você já parou
para apreciar a teia de aranha? Não, então o faça. Elas tem uma precisão
geométrica. Nem todas as aranhas fazem teias e nem todas a constroem
igualmente. Umas a fazem compacta, outras em forma de rede e ai vai a
criatividade desses aracnídeos. Pela manhã, ainda com orvalho elas ficam mais
visíveis. Outras vamos caminhando e nos vemos dentro literalmente da teia, ai necessário
cuidar para não levar uma picada. Afastar a aranha, pedir desculpas por
desmanchar seu trabalho tão minucioso e belo.
Os cientistas
estudam as propriedades da teia na tentativa de reproduzi-la, para usa-la nas
cirurgias e em outras tecnologias. A textura, a espessura, a flexibilidade e a
invisibilidade seriam ideal para as costuras da pele humana, porém ainda não a
conseguiram reproduzir. As aranhas produzem em seu abdome um liquido,
semelhante uma cera que logo que sai se solidifica.
Nem todas
fazem suas teias para capturar seu alimento, insetos, moscas, pequenos animais.
As que fazem, constroem um cabo que facilita sua circulação sem serem vistas
pelas presas. São verdadeiras alpinistas.
Passei da fase
de teme-las para admira-las. Tenho me perguntado qual a missão das aranhas na
natureza? Elas caminham silenciosas, são
multicoloridas, de tamanhos diversos, umas mais ofensivas a vida humana que
outras. Mantem o número de pragas reduzidos. São mágicas.
Nos meus
sonhos elas eram terrorrificas. Gigantes, capazes de digerir um humano por
inteiro. Penso que na minha infância assisti filmes de terror em demasia. Agora os diretores destes filmes também
imaginaram a possibilidade de um erro genético e as aranhas crescerem mais que
nós, e poderem nos capturar em suas teias. As teias de aranhas povoavam as casas
das bruxa e os castelos mal assombrados.
Eu quando com
medo das aranhas sou capaz de mata-las sem do nem piedade. Piso em cima, aspiro ou queimo. Mato as vezes
com requinte de crueldade. Quanto maior
o medo maior a crueldade.
Esses sonhos
deveriam ter-me feito repensar minha ação. Deixar de ser cruel com os pequenos
animais.
Que sentido
tem eu, uma gigante, diante desse pequeno espécime, destruí-lo; medo, medo
maior que a minha estatura. A medida que enfrento meu medo, que o gerencio, vou
podendo conviver com os aracnídeos em geral.
Tenho buscado ler sobre elas, agora que a internet me permite conhece-las
em seu habitat, olhar e pesquisar sem risco algum. Esse processo me alivia e me
amadurece.
Posso agora
caminhar pela floresta, parar observar, fotografar, as vezes filmar uma aranha
em ação, ou fazendo sua teia, ou comendo algum inseto. Não interfiro, olho
penso, depois vou comparar. Comparar com a minha vida, com a vida de outros
seres, contemplo.
Descobri que
no Brasil existem apenas três espécies de aranhas letais, a viúva negra, a
armadeira e a aranha marrom. As que produzem teias normalmente não são
peçonhentas.
Saindo do
lugar do reagente agressor, hoje posso conviver com as aranhas e aprecia-las.
Gostaria de juntar-me a esses estudiosos na busca de reproduzir a teia. Já que não posso teço, teço o algodão e
outros fios. E estou muito distante da precisão aracnídea.
Assinar:
Postagens (Atom)
Histórias que Pintam: "As cinco direções de um corpo" é o novo livro e...
Histórias que Pintam: "As cinco direções de um corpo" é o novo livro e... : "As cinco direções de um corpo" é o novo ...
-
Abacateiro Magaly Andriotti Fernandes Na casa, onde tinha meu consultório, existia um gra...