domingo, 19 de fevereiro de 2017



Assisti a essa serie baseada no livro que conta a historia do julgamento do jogador americano O.J. Simpson acusado do duplo homicídio, de sua ex esposa e de uma amigo. Vendo essa sério com os olhos de quem trabalhou no sistema prisional por longos vinte e oito anos, constatei o que ja observava a anos, que um crime traz a tona os aspectos mais primitivos da personalidade humana. Não so do autor do crime , mas da população ao redor. E o sistema penal como esta posto, não ajuda para minimiza-los. E um sistema que incrementa que  congela, e amplia a violência. Nesse caso particularmente onde a defesa opta por  uma precha na relação de racismo existente, e mostrado o que ainda hoje nos Estados Unidos, e o que não e diferente de nosso pais, a violenta discriminação que passam  as pessoas afro descendentes. O homicídio em si, o que o ocasionou  que relações foram ali estabelecidas fica de pano de fungo. A promotoria fala da violência domestica, das agressões que essa mulher , a vitima , sofria por sete anos, ocorrências policiais, gravações, etc. As evidencias encontradas foram colhidas por um policia, comprovadamente racista, 
Os interesses do Promotor Geral na candidatura a prefeitura daquele Estado, a formação de um dos novos promotores convidado por ser um afro descendente, seus conflitos que ali ficam aumentados, e vão marcar o julgamento. O drama vivido pela promotora, uma mulher, os ataques sofridos pela imprensa que até de sua forma de vestir e falado. E o crime , o crime em si? Que sentido tem um homem famoso, um jogador competente, um afrodescendente que venceu , mas que no auge de sua fama esqueceu da sua comunidade. Que casamento era aquele? que tipo de amo ali se estabeleceu? era mesmo amor?  Ele entrou no jogo da defensoria, ele já com prejuízos no seu funcionamento no grupo, na sociedade. Vem a ser preso anos depois por assalto e outros crimes.  Urge que a resolução para os crimes, que são atos humanos sejam tomados de forma diferente. Quem sabe encontros restaurativos , quem sabe quando ocorre um crime tão violento quanto o homicídio, quando um ser humano, seja ele quem for elimina, mata outro, seja um momento que todo a comunidade onde vive o autor, reflita, fale, retome, regaste vinculo perdidos. Urge uma mudança. As prisões estão cheias, E quando um julgamento não resolve, quando ele pelo contrario assira os ânimos, os ódios, quando a mídia incrementa e ressalta o pior, expõe, humilha. Os resultados são esse mundo que esta ai, cada vez mais difícil de viver, de sair as ruas, de curtir a vida e de ser feliz. Nesse caso os familiares das vitimas ficaram arrasados, o criminoso seja ele quem for ficou solto, e se foi o O J Simpson terminou retornando a prisão, pois o envolvimento em um crime não serviu para rever sua conduta, seu comportamento, sua essência e sua missão de vida. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Histórias que Pintam:  "As cinco direções de um corpo" é o novo livro e...

Histórias que Pintam:  "As cinco direções de um corpo" é o novo livro e... :  "As cinco direções de um corpo" é o novo ...