PIANO E O VIOLÃO
Hoje assisti a
um espetáculo musical no Multipalco que chama Évora; um violonista e um
pianista. Para mim dois desconhecidos,
mas só a possibilidade de no meio do dia, parar e ficar escutando piano e
violão, me fez ir até lá.
Na outra
semana já o pianista tinha me feito pensar em como é possível, tocar, cantar e
movimentar-se ao mesmo tempo. E fazer tudo isso de uma forma harmônica.
No espetáculo de
hoje o violonista, falava com o rosto. A música o possuía de tal forma, que seu
rosto ia se transformando. Numa das músicas pensei que ele chorava. As pessoas
que me acompanharam não observaram isso.
Fiquei me
perguntando como a música se faz? Como harmonizar piano e violão numa única canção.
E os dois ali se olhavam e tocavam numa sincronicidade legitima.
A músicas
assim como os músicos eram por mim desconhecidas. O compositor sim, Tom Jobim. Melodias que me fizeram pensar em palavras,
palavras que não nomeei. Qual seria a letra dessas canções? Elas tem letras? Ou
apenas arranjos? Não entendo nada de música. Nos últimos anos tenho me aproximado mais
desse mundo. Ouvindo, tentando cantar, indo a espetáculos músicas, e ficando
por horas em casa escutando cantores diversos.
Observo que
quando me deixo levar pela música, meu corpo vai junto e danço. Não tenho muito
ritmo, mas me entrego e vou. Na minha cabeça estou no ritmo da música. Talvez
quem em olhe não concorde. Agora eu penso que a música produz efeitos em mim
que são singulares. Quero aprender a dançar.
E voltando aos
músicos e suas expressões musicais e corporais. O do piano precisava olhar as
partituras, o do violão tinha as músicas na cabeça. E entre os dois um
verdadeiro dialogo.
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