Um arco íris na minha janela
Magaly Andriotti
Fernandes
Tenho
que dizer que esse ano de 2016 tem me possibilitado momentos com a natureza de
puro êxtase. Ontem abri a janela ao entardecer e surpreendo-me com dois arcos
íris, um bem nítido fazendo todo o contorno do globo terrestre, e o outro suave
menos expressivo. Chocante, extasiante... sem palavras para descrever a
sensação dessa visão. O rosa, o lilás, o verde, o amarelo, o azul claro, entre
outras em contraste com o céu cinza com nuvem depois da chuva, cores intensas.
Na segunda já o universo nos presenteou com a super lua. Moro no nono andar, e
vejo o nascer da lua cheia mensalmente. Ela vem de trás dos montes, lenta,
clara e luminosa. Adoro deixar as luzes apagadas, colocar um mantra, uma música
suave e ficar ali recebendo aquela energia.
Essa
semana estou benta, lua e arco íris, a natureza é perfeita. Fico me perguntando
como nasce o arco-íris? O que produz essas cores no espaço? Ficamos tristes por tão pouco, esquecemos da
riqueza que somos e representamos para o universo. A lua tem disso, tem faces,
o arco íris aparece depois de uma chuva, e nós humanos? Nos humanos não podemos
ficar só na contemplação. A contemplação tem que produzir em nós uma forma de
ser em conexão.
Outro
dia vendo o mar bater na areia, numa praia paradisíaca, fiquei pensando, que
beleza, que perfeição. E ao mesmo tempo pensei nesse mesmo mar, com ondas
enorme, avançando na praia a dentro, nas pedras e se casas ali existem
destruindo. Tem momentos que a natureza também muda o seu comportamento. A chuva, mesmo que ontem caísse suave,
refrescante, em alguns lugares pode levar a invasão de casas, enchentes.
Nós
e a natureza, essa alteração de humores, tristes e alegres, embelezando ou
destruindo. Somos nós a semelhança da natureza? E nossa capacidade de falar, a
linguagem que nos diferencia. A condição de únicos que sabemos que somos mortais?
O que estamos fazendo com o nosso planeta?
Ao ser humano que tem o poder de leitura e compreensão desses fenômenos,
porque não prepondera a construção, a ampliação?
É
dada a hora de eu, não o nós, eu partir para uma pratica transformadora. Como
dize os sinais estão dados. As gralhas azuis, a cotia, o vento, o mar, a
borboleta gigante dourada com azul no meu retiro do silencio, e agora aqui na
minha janela, bem ao alcance dos meus olhos tanta beleza! É dada hora... Ir
para o nos também é uma forma de fuga. Esperasse que os outros resolvam, mudem,
transformem...e eu?
Porto Alegre, 17 novembro 2016.
How, how!
ResponderExcluirHow, how!
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