Leitura comentada:Não Cai da Montanha –
Livro escrito pela atriz Shirley MacLaine, no ano de 1970. E um
livro autobiográfico. Ela relata sua vida desde a Virginia nos EUA, seus
conflitos enquanto filha, irmã, mãe, esposa e atriz. E particularmente enquanto
mulher, pessoa. Sua busca pela espiritualidade. No livro ainda não fala disso
diretamente, se nomeia de a viajante. Seu início de carreira foi difícil, mas ela
não se detêm nisso, relata, avalia, mas o foco e no momento em que já consagrada
como atriz premiada, faz sua busca pelos personagens, e por si mesma. Casa tem
um filha, e passa dividir sua vida entre os EUA e o Japão. Seu marido vive lá,
ele fica com a filha do casal a maior parte do tempo. Ela refere sua busca,
como uma busca pela liberdade. E quer que sua filha também seja livre. Ela e o irmão
são muito parceiros diante de pais muito retrógrados pela sua descrição. Chama atenção seu foco tanto num pais como
noutro os efeitos da discriminação entre os povos, nos EUA, época da KUKUXKLAN,
ela vencendo seus próprios preconceitos. E na África junto com seus povos
diversos, como conseguiu ser aceita e viver por períodos dentre eles aprendendo
sua cultura e costumes. Vai até Calcutá, onde a miséria e chocante, onde recém nascidos
são abandonados em latas de lixo, segundo ela relata. Vai ao Butão e mostra experiências
de expansão da consciência. A contradição de um povo espiritualizado e guerras
de poder ainda tão firmadas.
Um livro escrito de forma a fazer
o leitor viajar junto. Suas descrições são precisas, não são demasiadas e não
perdem o conteúdo que esta posto. É um
texto que se presta a reflexão sobre a busca de si mesmo, e nos faz também aprender
com suas experiências em povos tão diversos.
Fala de um tempo especifico, e de um percurso pessoal. Não tem pretensões
de ensinar ninguém, despojada e firme.
Eu li agora em novembro de 2016,
a 3 edição. A mim me provocou o que a Índia já há muito me faz pensar. E um
pais que me instiga, mas que não tenho vontade de conhecer. A contradição entre
a miséria humana e a espiritualidade deles me deixa muitas interrogações. Um
cultura totalmente diferente da nossa.
Recomendo.
Magaly Andriotti Fernandes, 06 nov 2016
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