segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Leitura comentada:Não Cai da Montanha – Livro escrito pela atriz Shirley MacLaine, no ano de 1970. E um livro autobiográfico. Ela relata sua vida desde a Virginia nos EUA, seus conflitos enquanto filha, irmã, mãe, esposa e atriz. E particularmente enquanto mulher, pessoa. Sua busca pela espiritualidade. No livro ainda não fala disso diretamente, se nomeia de a viajante.  Seu início de carreira foi difícil, mas ela não se detêm nisso, relata, avalia, mas o foco e no momento em que já consagrada como atriz premiada, faz sua busca pelos personagens, e por si mesma. Casa tem um filha, e passa dividir sua vida entre os EUA e o Japão. Seu marido vive lá, ele fica com a filha do casal a maior parte do tempo. Ela refere sua busca, como uma busca pela liberdade. E quer que sua filha também seja livre. Ela e o irmão são muito parceiros diante de pais muito retrógrados pela sua descrição.  Chama atenção seu foco tanto num pais como noutro os efeitos da discriminação entre os povos, nos EUA, época da KUKUXKLAN, ela vencendo seus próprios preconceitos. E na África junto com seus povos diversos, como conseguiu ser aceita e viver por períodos dentre eles aprendendo sua cultura e costumes. Vai até Calcutá, onde a miséria e chocante, onde recém nascidos são abandonados em latas de lixo, segundo ela relata. Vai ao Butão e mostra experiências de expansão da consciência. A contradição de um povo espiritualizado e guerras de poder ainda tão firmadas.
Um livro escrito de forma a fazer o leitor viajar junto. Suas descrições são precisas, não são demasiadas e não perdem o conteúdo que esta posto.  É um texto que se presta a reflexão sobre a busca de si mesmo, e nos faz também aprender com suas experiências em povos tão diversos.  Fala de um tempo especifico, e de um percurso pessoal. Não tem pretensões de ensinar ninguém, despojada e firme.
Eu li agora em novembro de 2016, a 3 edição. A mim me provocou o que a Índia já há muito me faz pensar. E um pais que me instiga, mas que não tenho vontade de conhecer. A contradição entre a miséria humana e a espiritualidade deles me deixa muitas interrogações. Um cultura totalmente diferente da nossa.
Recomendo.
 Magaly Andriotti Fernandes, 06 nov 2016

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