domingo, 30 de outubro de 2016

E O BURACO FOI FECHADO…. E O VOTO ANULADO

                                                                                      MAGALY ANDRIOTTI FERNANDES


Pasmem, depois de uns seis meses, o buraco da minha rua foi fechado. Indo exercer o direito de votar constato que o buraco finalmente não está mais ali. Não sei precisar a data que isso ocorreu, pois nesse semestre ando viajando muito e não caminho por essa parte da calçada.
Fico pensando logo hoje que tenho que ir escolher entre o péssimo e o menos ruim, o buraco está fechado. Será que o prefeito atual pensando em votos para sua coligação tomou tento? Será que o vizinho que mora em frente ao buraco, não mais suportando o fatídico o consertou?
Eu, hoje também fiz algo que nos 49 anos como eleitora nunca tinha feito, anulei meu voto. Sim muitos pensam que anular e igual a deixar em branco ou não votar. Não, anular e dizer para o prefeito que for escolhido, se algum for, que não o aprovo, que não estou com ele, que não concordo com a política atual. Todos os cidadãos poderiam optar por anular e teria que ser refeita a eleição. Eu tenho o direito e o dever de me manifestar. Não suporto mais os desmandos da política, não suporto mais ser roupada cotidianamente. Não suporto mais ver minha cidade que era um exemplo, ter seu povo caminhando e morando na rua e nas paradas de ônibus, as escolas sem conservação, os servidores mal pagos, os hospitais, os mesmos desde que me conheço por gente, negligenciados. E por ai vai o levantamento do que não funciona na minha cidade. Quero uma cidade nova, quero poder andar por ela e novamente me orgulhar de aqui ter nascido, por isso exerço o direito de anular o voto.  O voto em branco deixa em uma interrogação, não se sabe se não consegui resolver a dúvida entre um o outro, se só vim as urnas para não ficar sem pagamento, em caso de servidor público, e ai uma série de outros aspectos escondidos no voto em branco. Não vir votar também pode ser um ato de protesto, mas como esse direito foi conquistado a duras custar, não vou entregar ele assim de bandeja para esse grupo organizado, essa facção que está no poder. Anulando meu voto, mostro que moro aqui, que existo, que tenho acompanhando o que o prefeito fez, ou fara durante o seu desempenho funcional. Caso algum prefeito se eleja, ele terá que saber o número de pessoas que votaram nele, e o número de pessoas que anularam, que eu penso não serão poucas, e isso deve fazer a diferença. Ele se consciência e ética tiver terá que exercer o seu mandato pisando num pé só como diria meu avó.
Estou feliz mesmo assim, o buraco foi fechado, as pessoas podem caminhar tranquilos sem o risco de cair, e eu fiz o que a atual conjuntura política desse pais me pressionou a fazer, anulei o meu voto.


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