Caminhos,
encontros: possibilidade de ir
Magaly Andriotti Fernandes

Aos
poucos os amigos foram me mostrando que estar junto, para conversar, para
passear ou para simplesmente ficar em silencio era muito bom. Olhar um pôr do sol, tomar um chimarrão, ver
um filme, escutar uma música, declamar.
E
quando se pensa diferenças, não nos apercebemos que cada um é singular. Somos
todos diferentes, uns mais, outros menos. E como viver se não aceitamos a forma
especifica de cada um ser e estar no mundo?

E
no trabalho, na vida social, quantas pessoas, eu particularmente não tenho
simpatia. E se não tenho simpatia, não quero elas por perto. E com as que temos
simpatia e escolhemos para o nosso convívio, tem dias que também se tornam cansativas
e as queremos distantes. Somos dizem os sociólogos seres sociais, isso nos
distingue dos outros animais.
Conviver
exige que caminhemos por dentro de caminhos internos, descobrindo nossas
qualidades e defeitos. Conhecendo e reconhecendo limites e possibilidades.
Quanto mais acolhemos nossa sombra, maior a capacidade de convívio.

A
música, a literatura, a poesia, a pintura e tantas outras manifestações
artísticas e culturais são instrumentos de aproximação. Viajar implica em
desbravar, não só os aspectos geográficas de um lugar, mas os históricos,
culturais e econômicos. Vamos perdendo,
formas de ser e assimilando e aprendendo novas formas. O caminho nos
transforma, e nos transformamos o caminho.
Posso
caminhar sem sair do lugar, ou posso voar alto, eu escolho.
Porto Alegre 24
julho 2017.
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