Andorinhas no amanhecer
Hoje acordei com o canto das
andorinhas na minha janela. Moro no nono andar de um edifício próximo ao
estuário do Guaíba. Dia de primavera, brisa fresca, sol nascendo. E elas ali
numa conversa só, em minha janela. Eu
fiquei ali no quentinho de minhas cobertas, escutando, inerte parada, para que
não as espantassem.
Andorinhas nos avisam se vem
chuva ou não, se o verão esta
chegando. Para esse ainda muito cedo,
mas a chuva essa sim, parece que bem próximo. Elas são leves, penas negras,
algumas brancas, são delicadas, voam com magicas.
Elas ficam ali enfileiradas,
cantam e eu as escuto. Minha neta mais jovem também já tomou gosto pelo seu
canto e quando elas não vem ela estranha. Penso que a vida é isso, essa
continuidade, e compartilhar gostos, esse convívio pequeno e minúsculo do
cotidiano.
Porto Alegre, 25 fevereiro 2016
MAGALY ANDRIOTTI FERNANDES
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