sexta-feira, 6 de maio de 2016

Amanheceu

                               Amanheceu peguei a viola botei na sacola e fui viajar, plagiando Almir Sater, amanheceu vim para o computador e resolvi que era hora de escrever.  Morar no nono andar nos dá essa tranquilidade, poucos ruídos, acordo ao som dos pássaros, atualmente as caturritas tem sido as principais cantoras.
                              
                            Dar asas à imaginação, dar corpo, cheiro e forma para esses pensamentos e sentimentos que me povoam.  Em Porto Alegre estamos vivendo um momento muito diferente, uma sensação muito grande de insegurança paira no ar. E olha que não sou pessoa de me assustar, ou de me impedir de sair, de ir a rua. O que se passa. Seria o governo do Estado e sua política de insegurança, que desde o seu primeiro dia, já apregoou que o Rio Grande do Sul está falido, e não fez nenhuma proposta.  Sim porque quando alguém se candidata para um cargo, e não faz o que necessita, o barco fica à deriva e é esse o sentimento, de um barco sem rumo, sem projetos. Sendo eu uma pessoa que trabalhou por bons trinta anos com o comportamento humano, com o comportamento humano violento, me sinto assim, imaginem o leigo. A sensação deve estar aumentada. E com isso as pessoas ficam vulneráveis. 
                          A cidade em si, que e competência do Prefeito, também ao caminharmos ou andarmos de carro, vemos o descaso, obras inacabadas, demoradas, menosprezando a inteligência do morador, do cidadão. Nosso símbolo histórico a ponte na Borges, está lá fonte de mosquitos, num tapume, sem que a comunidade saiba o que mesmo está sendo feito ali, que tipo de restauração será.
                              Mas vocês devem estar se perguntando, mas que falta de imaginação, ao amanhecer falar do governo, do prefeito, com tantas maravilhas para se dizer, se escrever e se falar. Penso que tenho que trocar com vocês desse sentimento, pois ao compartilharmos nos fortalecemos, nos damos conta que somos muito mais do que um governante, que mal governa, que a cidade é cada um de nós, e todos nos juntos. E que cada um de nós faz sim a diferença. E que não podemos nos deixar levar por essa sensação, e nos impedir de caminharmos nas ruas de nossa Porto Alegre, sim pois esse é um Porto alegre. 
                               Uma cidade com parques, com ruas lindas, com bons mercados, bons shoppings, bons teatros, bons cinemas, e que já tivemos as melhores escolas do pais. Hoje ula la, as escolas estão ai sem reparos, professores mal pagos, mal preparados, uma educação assim como o governador falida. Uma educação sem vida, sem colorido. Isso também nos traz o desalento, a falta de perspectivas. Uma educação sem música, sem artes, sem esportes, sem literatura.
                               E assim como a música tenho pensado muito em ir viajar, em sair desses pagos, com canta o Vitor Ramil. Mas sair seria a solução. O último que sair apague a luz. Vejo que ser criativo e muito difícil, pois as frases até aqui tem dono, e não sou eu. E os temas, nos são comuns. Vejo que o desafio está ai e está posto nessa Porto Alegre, que é sim uma boa cidade para morar e educar os netos.

Porto Alegre, 5 abril 2016

MAGALY ANDRIOTTI FERNANDES

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