segunda-feira, 9 de maio de 2016

– A Figueira: A figueira é considerada a Árvore Sagrada da Índia e juntamente à oliveira e à videira simbolizava a fartura e a imortalidade. Os antigos egípcios utilizavam a figueira em rituais de iniciação, pois ela representava a sabedoria religiosa.
Atualmente, as folhas da figueira são usadas em esculturas e pinturas para cobrir os genitais, tornando-se símbolo de castidade.
A figueira de bengala é a casa dos espíritos que representam a vida e a procriação. No budismo, a figueira passou a ser o eixo do mundo, pois para os budistas, ela simboliza aprendizado, imortalidade e iluminação.
 Dia das mães de 2016

Eu sou mãe de gêmeos.  Quando estava no sétimo mês de gestação a ecografia nos revelou que minha barriga estava povoada com dois lindos bebes. Fui saber que eram dois meninos no momento do parto. A medida que foram nascendo, o pai lhes deu o nome. Nomes que já havíamos muito conversado sobre a escolha. O primeiro Guilherme, o primogênito, o caçula o Leonardo, cada um com a sua singularidade.  Dias difíceis se seguiram, cuidar e acolher dois bebezinhos não e simples e não e fácil.  Mas com o pai deles, com minha mãe, minha irmã e amigas a vida foi se dando.
Hoje estão ai no mundo, dois homens maravilhosos. Eu sempre me cobrando que não tinha tempo para me dedicar a cada um a seu tempo. Para curti-los suficientemente, para dar a atenção necessária, eu mexia que eram plantonistas, quando me divorcie, sempre tinha um comigo nos finais de semana. Sim claro até chegarem as namoradas. Benditas namoradas, pois eles são lindos demais e são da vida como diz o nosso sábio profeta Kalin Gibran, como arco e flecha, a ânsia da vida se faz.
Cada um seguiu suas escolhas, seu percurso, sempre muito parecidos porque são irmãos, muito distintos porque singulares e únicos.
Hoje, passei esse dia das mães com o meu caçula e parte de sua família. Caminhamos pela Redenção, ou parque Farroupilha como quiserem. Domingo, sol tímido, quente mais não tanto, chimarrão, fico observando, ele se tornou um homem quieto, poucas palavras, bem humorado, amoroso e simpático. Tão lindo quanto seu pai.  A tarde um chá, na casa da sogra dele. E ali entre tantas arvores escolhi essa figueira acima. Sim pois as arvores, todos nos três gostamos de subir nelas. De sentar sob elas para refletir, para olhar o mundo. E ali na Redenção que a pouco foi atingido por um furação e destruiu muitas arvores, ali estava aquela linda figueira intocada, com suas folhas verdes, seu tronco sólido, suas raízes profundas, seus frutos.
E olha a sincronicidade da vida, meia hora depois, me liga o filho primogênito que agora mora na zona rural, sentado na sombra de uma arvore, observando a natureza. As arvores são elos.
Já pela manhã acordei com uma andorinha na janela e ela traz a mensagem do calor do lar, da família, dos relacionamentos afetivos construídos a base do amor.  Ser mãe me socializou.
Porto Alegre 8 maio 2016.

MAGALY ANDRIOTTI FERNANDES

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